A inteligência artificial generativa tem se popularizado rapidamente e parece, à primeira vista, uma solução mágica para quem empreende como MEI. Ferramentas que criam textos, imagens e até vídeos em segundos podem parecer uma forma de economizar tempo e dinheiro. No entanto, é preciso cuidado: usar IA sem planejamento pode trazer riscos que afetam a credibilidade e o crescimento do negócio.
Um dos principais problemas é a falta de identidade própria. Se tudo é feito pela IA, sem critérios ou direção clara, o resultado tende a ser genérico, sem conexão real com o propósito do empreendimento. Isso pode gerar uma comunicação sem alma, que não diferencia a marca no mercado. Outro ponto é a qualidade duvidosa: nem sempre os conteúdos gerados são corretos, atualizados ou adequados ao público, o que pode levar a informações erradas e prejudicar a imagem do negócio.
Também existe o risco de dependência excessiva. O empreendedor pode acreditar que a IA resolve tudo sozinha e deixar de investir em planejamento, estratégia e conhecimento básico sobre sua área. Sem esse alicerce, qualquer ferramenta, por mais avançada que seja, acaba se tornando frágil. Além disso, há questões de direitos autorais e autenticidade: usar materiais prontos sem verificar a origem pode expor o MEI a problemas legais ou críticas de plágio.
Portanto, a IA generativa deve ser vista como um apoio, e não como substituta do pensamento crítico e da visão estratégica do empreendedor. O MEI precisa ter clareza sobre seus objetivos, valores e público antes de usar a tecnologia como ferramenta de suporte. Dessa forma, a inovação se torna aliada do crescimento, em vez de um risco escondido na pressa de resolver tudo de maneira automática.